Pulp Lança Primeiro Álbum em 24 Anos e Prova que Ainda É Mais Cool que Você

Achou que o Britpop tinha morrido com sua jaqueta de camurça nos anos 2000? Achou errado, otário. Pulp está de volta com um novo álbum chamado More, porque claramente 24 anos sem disco novo não foi tempo suficiente para eles descansarem a ironia. A nova obra sai dia 6 de junho de 2025 pela Rough Trade, e traz tudo o que a gente ama: Jarvis Cocker, letras espertas, guitarras melódicas e… inteligência artificial?

“Spike Island” – o comeback que ninguém previu, mas todo mundo precisava

O primeiro single, Spike Island, chegou com um clipe dirigido pelo próprio Jarvis, que resolveu usar inteligência artificial para transformar fotos antigas do encarte de Different Class em um passeio visual levemente perturbador. Segundo ele, foi uma experiência tão estranha que começou a achar que o mundo real também estava sendo editado pela IA. E sinceramente? Não duvidamos.

“Minha conclusão? H.I. Forever!”, disse Jarvis, como se estivesse revelando o nome de seu culto secreto. O clipe tem ares distópicos, estética glitchcore de galeria de arte indie e, claro, aquele charme inglês de quem toma chá enquanto critica a sociedade.

Letra de “Spike Island” – Pulp

Something stopped me dead in my tracks
I was headed for disaster and then I turned back
I was wrestling with a coat hanger, can you guess who won?
The universe shrugged, shrugged then moved on

It’s a guess, no idea
It’s a feeling
Not a voice in my head
Just a feeling

And by the way
Spike island come alive by the way
This time I’ll get it right, oh

Not a shaman, or a showman, ashamed I was selling the rights
I took a breather, and decided not to ruin my life
I was conforming to a cosmic design
I was playing to type
Until I walked back to the garden of earthly delights

I was born to perform
It’s a calling
I exist to do this
Shouting and pointing

And by the way
Spike island come alive by the way
This time I’ll get it right, oh

No-one will ever understand it
And no-one will ever have the last word
Because it’s not something you could ever say
So swivel

Ah
It’s a guess, no idea
It’s a feeling
Not a voice
In my head
Just a feeling

And by the way
Spike island come alive by the way, uh
And this time I’ll get it right, yeah
And by the way
Spike island come alive by the way
This time I’ll get it right, oh

Quem está por trás de More?

Além de Cocker, o álbum conta com os talentos de Richard Hawley e Jason Buckle (cada um assinando a música de uma faixa), backing vocals da família Eno (sim, eles mesmos), e arranjos de cordas compostos por Richard Jones e executados pelo Elysian Collective. A produção ficou nas mãos do superprodutor James Ford, e tudo foi gravado em três semanas em Londres. O que, para padrões Pulp, é praticamente um piscar de olhos.

Pulp-MoreTracklist de More:

01 Spike Island
02 Tina
03 Grown Ups
04 Slow Jam
05 Farmers Market
06 My Sex
07 Got to Have Love
08 Background Noise
09 Partial Eclipse
10 The Hymn of the North
11 A Sunset

E o que esperar?

Segundo o próprio Jarvis, o álbum é fruto de ideias que ressurgiram em ensaios, soundchecks e viagens no tempo criativo. Algumas faixas foram recuperadas do final do século passado, mas com aquele toque do presente que só o Pulp sabe dar. E apesar de toda a brincadeira com IA nos clipes, Cocker garantiu: nenhum algoritmo foi usado na composição ou execução. Apenas humanos britânicos com estilo de sobra.

Conclusão: o culto do Jarvis continua vivo

More é uma aula de como fazer um comeback digno: criativo, moderno e completamente fiel ao DNA do Pulp. Se você ainda guarda seu CD de This Is Hardcore como relíquia sagrada, pode respirar aliviado. Os deuses do Britpop estão ouvindo suas preces. E para os novatos: sejam bem-vindos à igreja de Cocker.

P.S.: em setembro, o Pulp co-headline duas noites no Hollywood Bowl com o LCD Soundsystem. Porque claro, se é para voltar, que seja em grande estilo. Como sempre.